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Ansiedade em confinamento

Em véspera de novo confinamento deixamos alguns dos principais sintomas que podem surgir associados à ansiedade neste tipo de contexto.

1 – Percepcionar perigo em tudo

Indivíduos com tendência para sentir ansiedade, em geral, superestimam o perigo nas situações que temem ou evitam. Em situações epidemiológicas como a que atravessamos é muito difícil para as pessoas distinguirem o perigo real do pânico provocado por sensações ou emoções internas.

2 – Distúrbios alimentares

Não faltam casos de pessoas que encontram na relação com a comida uma falsa solução para seus problemas emocionais. Neste tipo de contexto de maior isolamento social este problema pode surgir, por motivos óbvios, de forma agravada.

3 – Alterações de sono

Sentir dificuldade em dormir, episódios de insónia ou hipersónia são também bastante comuns.

 4 – Tensão muscular

Dores nas costas, ombros e nuca são muito frequentes. Os músculos do pescoço estão de tal forma tensos que a dor é constante.

5 – Pensamento obsessivo

O pensamento obsessivo é a incapacidade de ter controle sobre pensamentos e imagens, angustiantes e recorrentes. A pessoa quer deixar de pensar em determinados conteúdos (como o coronavírus, o perigo associado ou mesmo a visualização da morte u contaminação de pessoas significativas) e não consegue, a cognição torna-se completamente ruminante e foge ao controlo da pessoa. É muito comum no caso de doenças em geral e particularmente grave numa crise pandémica como a que atravessamos.

6 – Sintomatologia física

Nos momentos de grande ansiedade como o que atravessamos, podem surgir sintomas físicos como tremores, cansaço fácil, sensação de falta de ar ou asfixia, taquicardia, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, tonturas, náuseas, diarreia, desconforto abdominal, ondas de calor, calafrios, micção frequente, dificuldade a engolir, sensação de engasgamento, aerofagia, pirose, cefaleias, entre muito outros, muitas vezes confundidos com a sintomatologia própria da covid 19.

Se conseguirmos identificar os nossos sintomas como decorrentes do estado emocional que atravessamos tornar-se-á mais fácil lidar com a situação no geral e com a ansiedade, (e sintomatologia inerente), em concreto. Se os sintomas e o mal-estar se perpetuarem no tempo devemos, claro, procurar ajuda especializada.

Artigo by Carla Violante | Psicóloga e Psicanalista

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